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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Petrobras: 4ª mais lucrativa das Américas. E o mercado não gosta


Do Blog Projeto Nacional


Sabem aquela história do filósofo Renê Descartes de que o bom senso seria a coisa mais bem distríbuída do mundo, porque toda a gente julga tê-lo em quantidade suficiente?
Parece que isso não funciona para o tal “mercado” em relação à Petrobras.
Você vê aí  na tabela elaborada pela consultoria Economática  que ela foi a quarta mais lucrativa empresa das Américas no trimestre encerrado em junho, mesmo tendo sacrificado parte de sua lucratividade para ajudar o país a conter a crise do etanol.
E o mercado torce o nariz para sua gestão, forçando politicamente para baixo o preço de suas ações, que estão 50% abaixo do que as próprias corretoras estimam ser seu valor real (o chamado “preço-alvo”)
Mas por que, se a companhia é tão lucrativa?
A resposta é simples e inacreditável.
Incomoda ao mercado saber que a Petrobras tem compromisso com o país.
Que a Petrobras, ao contrário da Vale na era Agnelli, tem em vista o Brasil não apenas como parte de sua missão como, sobretudo, como destino e consumidor de seus produtos.
Dependesse do mercado, a Petrobras não investiria um centavo em refinarias. Exportaria petróleo bruto e importaria derivados, refinados.
Exatamente como faz a Vale com o minério de ferro, que não vira aço.
Há 20 anos não se fazia refinarias no Brasil e agora fazemos quatro.
Somos autossuficientes em petróleo, mas importamos derivados, como destacou ontem o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, no seminário promovido ontem pelo Estadão.
E disso o mercado não gosta. Gosta de lucro rápido, destes que os espertos gostam de ter em cima dos otários.
E o Brasil não é mais um país de otários. Otário, agora, é quem deixa de ganhar dinheiro de forma sustentável, no longo prazo.
Tudo aquilo que eles dizem que fazem, mas renegam na prática.
Por: Fernando Brito

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