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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Crédito bancario


Do Blog Projeto Nacional

Quem não vai ao vento, perde o assento


Pode parecer absurda esta afirmação, mas não é.
Os bancos privados brasileiros são ineficientes na sua missão essencial, que é emprestar dinheiro a juros.
O uso do cachimbo de ganhar dinheiro com as taxas do Banco Central e com a aplicação especulativa em mercados de curto prazo os fez ineficientes.
Não apostam no crescimento brasileiro e, como o Brasil cresce, perdem.
Hoje, o jornal Valor publica que os bancos públicos puxaram o crescimento do crédito no país de abril a junho deste ano.
“As carteiras da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil tiveram uma expansão somada de R$ 34,1 bilhões na comparação com março, com crescimento de 8% e 5,1%, respectivamente. É um volume de empréstimos e financiamentos maior do que a soma das três maiores instituições privadas no país – Itaú Unibanco, Bradesco e Santander -, que adicionaram R$ 29,7 bilhões”, diz a matéria”.
Isso não é novidade.
Logo após a crise de 2008, os bancos privados agiram da mesma forma. E ficaram para trás em relação aos públicos, que ganharam mercado como nunca.
Agora, como você na tabela deste post, parece que a coisa vai se repetir.
Com a ressalva do Bradesco, que sempre teve um perfil mais aberto ao pequeno cliente, Itau e Santander perderam lucratividade e viram crescer a inadimplência a patamares muito superiores aos da Caixa e do BB.
Hoje, a presidenta Dilma Roussef disse que o país é “integrado por brasileiros corajosos que, apesar de não sermos imunes à crise, podemos cada vez mais nos blindar e fazer com que esse processo de crescimento signifique elevação da nossa capacidade econômica, do número de empregos e de oportunidades”.
A coragem de nossos bancos não parece andar muito nutrida, não. Apesar de todos eles estarem muito bem, com “gordura para queimar”, estão todos restringindo crédito.
E vão ter de queimar, se o Governo, como se espera, inverter a curva ascendente dos juros que remuneram depósitos retidos pelo Banco Central e estes próprios compulsórios – hoje, acima dos R$ 420 bilhões, pouco menos do que o dobro dos R$ 250 bilhões retidos quando da crise de 2008 – forem reduzidos, liberando o dinheiro para o crédito.
E aí, o banco que tiver esquecido como se faz aquilo que ele, em tese, deveria fazer – emprestar dinheiro de forma a fazer progredir em lugar de arruinar seu cliente – vai ficar para trás.
Por: Fernando Brito

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