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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Meia noite em Paris e aqui no coração...

do blog o girassol e o espelho 

Segundo Hemingway, Paris é uma festa e é nessa  ideia que parece simples que Woody Allen tece mais uma obra prima. Meia noite em Paris conta a história de um roteirista americano, Gil, interpretado por Owen Wilson que esta preste a se casar e vai para Paris com a família da noiva a negócios. Gil é um bem sucedido roteirista de Hollywood, mas o que ele quer mesmo é ser escritor e fazer literatura, mesmo que isso não dê tanto dinheiro. O filme conta uma história de amor de Gil com Paris e toda a insatisfação humana com o tempo presente, da possibilidade de uma vida diferente da que se tem. O filme aborda a questão das ilusões humanas na nostalgia de um tempo que se foi.  A nostalgia seria a negação de si mesmo? Se fosse eu adoraria viver num estado de negação completa...


O filme se inicia num dialogo em off entre Gil e a noiva com ele dizendo: Paris é bonita na chuva.  Tudo ao som do maravilhoso Cole Poter, o que dá uma imagem de Paris além dos olhos...

Gil numa noite após uma festa vai caminhar sozinho pelas ruas da cidade luz e como mágica volta aos anos 20 e  encontra seus escritores prediletos: Hemingway, Fitzgerald, o músico Cole Poter, os pintores: Dali, Picasso e Matisse entre outros. E daí começa tecer a sua própria história e da seu livro. Abro um parênteses para dizer que  me pareço com Gil, pois ele está frustrado com o trabalho de roteirista medíocre – apesar de ser bem remunerado em Hollywood - , tem uma noiva fútil e egoísta, se sente medíocre e desencaixado do mundo no qual habita. Gil queria morar em Paris num quarto e sala enquanto sua noiva numa mansão em Malibu. Seu conflito se intensifica com a mágica da meia noite. 
A fotografia do filme é uma obra de arte a parte. Paris é nos apresentado por visão artística quase impressionista. Eu poderia reconhecer Paris numa velha partitura musical de Poter. A trilha sonora é magnífica e dá cara a cidade. Os melhores diálogos do filme são entre Gil e  Hemingway, são de intensidade visceral .   

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