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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O Pré-sal e o exemplo da Noruega


deu no Brasil Economico
À Noruega está reservado um lugar cativo, quase sempre o podium, no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), elaborado pela ONU, desde 1990, que raramente revela grandes surpresas, com o mesmo grupo de nações desenvolvidas no primeiro bloco.
Foi o que voltou a acontecer este ano, quando o país nórdico manteve-se na primeira colocação, seguido por Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos e Irlanda.
Além do bom desempenho em itens como educação, longevidade e qualidade de vida, levados em conta na formulação do IDH, os noruegueses têm como motivo de orgulho a seriedade dos governantes no trato do dinheiro público. Um exemplo desse comportamento é o Fundo de Pensão Estatal - Global (FPE), conhecido como o Fundo do Petróleo.
Constituído com recursos do petróleo explorado pelo país no Mar do Norte, o fundo tem como finalidade garantir boas condições de vida às futuras gerações. Administra ativos em torno de US$ 440 bilhões e se dá ao luxo de manter uma espécie de index de empresas excluídas de sua carteira de investimento.
São, entre outras, fabricantes de armas e de cigarros, e companhias que praticam crimes ambientais ou desrespeitam seus funcionários.
No momento em que o Brasil vive uma espécie de diáspora causada pelos futuros rendimentos do petróleo do pré-sal, confrontando estados e municípios produtores com não produtores, o fundo norueguês deveria funcionar como um bom modelo para o governo federal.
A canalização desses recursos para educação, desenvolvimento tecnológico e áreas correlatas beneficiando as futuras gerações seriam também um caminho para o entendimento que até agora não aconteceu.
É difícil acreditar que uma autoridade, de áreas produtoras ou não, venha a se opor à iniciativa dessa, benéfica para todos os brasileiros.
E que também ajudaria o país a ganhar pontos em futuros IDHs, saindo da 73ª colocação deste ano que, embora, classificada com alta, fica atrás, na América do Sul, de países como Chile, Argentina, Uruguai e Peru.

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